Você já ouviu falar na sigla ESG? Primeiramente, se você é investidor e ainda não ouviu falar dela, pode ser que o seu […]
Você já ouviu falar na sigla ESG?
Primeiramente, se você é investidor e ainda não ouviu falar dela, pode ser que o seu negócio esteja ficando para trás.
Mas, não se preocupe!
A SCO está sempre em busca de trazer novas informações e tendências para os seus leitores.
Por isso, continue lendo este post, pois iremos explicar todo o conceito por trás desta sigla que afeta todos os nichos do mercado.
Antes de mais nada, quem diria que três letrinhas iriam revolucionar tanto o ambiente empresarial nos últimos anos.
Primeiramente, a sigla ESG significa, respectivamente, Environmental (Meio Ambiente), Social e Governance (Governança Corporativa).
Ela foi criada em 2004 na publicação do pacto global da ONU, em parceria com o banco mundial, chamado “Who Cares Wins”.
Aliás, a publicação fala sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.
A principio, os critérios agrupados na sigla “ESG” tem direcionado a forma de atuação de empresas e instituições financeiras com a cobrança de ações de sustentabilidade.
Nesse meio tempo, não se trata apenas do meio ambiente, como diz o senso comum.
Logo, o escopo do ESG é muito mais amplo e diz respeito as:
Em seguida, vamos explicar um pouco mais sobre como as empresas devem agir em cada uma das letras.
Primeiramente, antes de falar das siglas da “ESG”, vamos trazer para vocês alguns dados.
Estudos comprovam a importância do ESG em duas facetas: diminuição de risco ou aumento de retorno.
Imagina você sendo acionista da vale quando estourou a barragem do brumadinho!
É esse tipo de redução de risco que pode ser influenciado pelo ESG.
Uma empresa que cuida de assuntos ambientais, sociedade e de governança, evita perdas e surpresas desagradáveis para os acionistas.
Nesse sentido, vários estudos comprovam que empresas com boas notas nos critérios ESG (pelo menos uns 10 anos), performam muito melhor na bolsa do que as empresas com notas negativas.
Antecipadamente, é nesse ponto que elas planejam e desenvolvem as ações alinhadas com a sustentabilidade e a preservação dos recursos.
Similarmente, devem estar sempre atentas a poluição do ar e da água, como por exemplo, as empresas de logística que estão substituindo suas frotas de veículos para a gás ou elétricos, diminuindo assim a emissão de CO2 na atmosfera.
Outro exemplo são os fabricantes de roupa e tênis que utilizam o plástico retirado dos oceanos para a criação das peças.
Isto é, as empresas devem pensar em como utilizar fontes de energias limpas e renováveis, como por exemplo, a energia fotovoltaica (ou solar).
Além disso, pensar na letra “E”, de ESG, também é se preocupar com os seguintes tópicos:
Por fim, dentro do âmbito ambiental, as empresas devem tomar ações como:
A princípio, é aqui que as empresas desenvolvem e aplicam ações direcionadas á suas comunidades e seus públicos internos e externos.
As boas práticas nas relações de trabalho, respeitando as leis vigentes e dando segurança física e emocional aos colaboradores estão no S de “ESG”.
Quer um exemplo? Você já ouviu falar das empresas que garantem licenças paternidade e maternidade estendidas?
Nestas licenças, o pai pode ficar até 20 dias afastado, enquanto as mães, podem chegar até 180 dias com o recém-nascido.
No modelo tradicional, a quantidade de dias é bem menor.
É muito importante também focarmos em projetos sociais que apoiam e incentivam a diversidade e inclusão.
Além disso, o código da defesa do consumidor e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) também devem ser respeitados.
Aliás, patrocine e apoie as ações culturais, junto de tantas outras, que garantem o bem-estar social do contexto que a empresa está inserida.
Enfim, dentro do âmbito social, empresas devem tomar ações como:
Em resumo, ela é constituída por:
Todos eles são conceitos que guiam a empresa, como um todo, e suas relações internas e externas.
Isto é, todos fazem parte desta rede: colaboradores, sócios, fornecedores, consumidores, parceiro comercial, governo, dentre outros.
É de suma importância que a empresa tenha políticas anticorrupção, dispositivos de prevenção a fraudes e transparência e integridade com todos os seus pontos de contato.
Além disso, para empresas que tem um conselho de administração é na letra “G”, de ESG, que elas devem garantir: Independência, representatividade/equidade e liberdade de atuação e atuante.
Desse modo, dentro do âmbito governança, empresas devem tomar ações como:
Em outras palavras, além destas práticas ESG contribuírem para o: desenvolvimento sustentável, valorização de pessoas, integridade e para, literalmente, salvar o mundo, esses critérios também podem aumentar os lucros de uma empresa.
Entretanto, como nem tudo são flores, existem alguns problemas que o mau uso dessa sigla pode causar!
Isto é, as empresas podem, na teoria, falar que estão fazendo várias iniciativas e que estão se comprometendo com diversas metas de desenvolvimento sustentável.
Mas, na prática, não fazer muita coisa para alcançar essas métricas.
Ou seja, elas fazem isso simplesmente por fachada, para que os fornecedores e os consumidores vejam ela com bons olhos.
Nesse sentido, um grande exemplo deste tipo de caso é o escândalo da Volkswagen.
A empresa falsificou os dados da emissão de carbono e esta informação veio á público, gerando uma grande revolta na população.
Mas, por que a volkswagem fez isso?
Provavelmente para melhorar a sua imagem para os consumidores e os investidores no mercado.
Atendendo, entre muitas aspas, os critérios ESG.
Analogamente, existem empresas que investem em projetos sociais e iniciativas para preservar a natureza ou créditos de carbono para, por exemplo, neutralizar as emissões.
Mas, na prática, internamente, elas não investem nada em ESG.
Certamente, as iniciativas externas são importantíssimas, porém, se a empresa não transforma a sua própria estrutura, a raíz mesmo do problema não é resolvida.
Desse modo, é preciso de muita investigação e cuidado quando vamos dizer se uma empresa é ESG ou não.
Sobretudo, vale o destaque para 4 empresas que possuem propostas bem interessantes:
A pergunta de milhões!
Como você deve ter percebido, os fundos ESG são uma boa alternativa para investir com foco em estratégias de longo prazo e diversificar a carteira.
Isto é, como a modalidade está chegando com mais força, alguns investidores podem ter dúvidas sobre o passo a passo para fazer sua aplicação.
Pensando nisso, explicamos o processo abaixo de maneira detalhada:
A princípio, eles são a modalidade mais fácil de se investir em ESG e no mercado, não faltam opções.
Com os fundos ESG, as empresas podem investir em ativos de empresas selecionadas por especialistas e que seguem critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa.
Assim, você não precisa se preocupar em qual empresa investir.
Em suma, o gestor do fundo já faz todo o trabalho por você.
Assim como os fundos de investimentos, existem também os fundos de índice chamados ETF´s.
Basicamente, esses investimentos procuram refletir o desempenho de um índice.
No caso de um ETF ESG, o objetivo é replicar um índice de sustentabilidade ou ainda índice formado por empresas que atentem as questões ESG.
Alguns exemplos são:
Em conclusão, ao investir em um ETF, a valorização da sua carteira acompanha o índice.
Ou seja, refletindo o rendimento das empresas que fazem parte dele.
Desde já, também é possível montar a sua própria carteira de ações com empresas que seguem os critérios ESG.
Porém, este caso exige muita atenção.
Atualmente, algumas empresas podem se apresentar como sustentáveis, mas na realidade, não é bem assim.
Desse modo, antes de investir, você deve se atentar ao:
Em primeiro lugar, similares aos títulos comuns, os títulos verdes (ou green bonds) são instrumentos emitidos por empresas, governos e entidades com a finalidade de atrair capital para projetos sustentáveis, como:
Ou seja, ao investir nessa modalidade, você contribui diretamente para a sociedade e por fazer parte da classe de renda fixa, podem ter remuneração: prefixada, pós-fixada ou híbrida.
Por fim, especialistas afirmam que o conceito “ESG” se torna eficiente, quando todas as três letras são trabalhadas em conjunto.
Isto é, em algumas empresas, uma das letras do tripé pode se destacar mais do que as outras.
Mas, é sempre recomendado ter o máximo de atuação nos três.
Aliás, imagine o seguinte cenário: Uma empresa x tem a governança e os projetos sociais estabelecidos, mas descarta os resíduos, sem tratamento, no principal rio da cidade.
Tal qual outro cenário: a empresa y possui uma preocupação ambiental e social, mas ela mantém contratos ilegais com o governo…..
Por isso, a importância do ESG não é ser apenas um indicador, mas sim o modo de agir em uma cultura organizacional.
Mas, você deve está pensando: “Ah, mas todo esse conceito serve apenas para empresas grandes que estão na bolsa de valores”, ERRADÍSSIMO!
De acordo com a pesquisa realizada pelo instituto Akatu e Globescan, mais de 60% dos consumidores esperam que as empresas estabeleçam metas que tornem o mundo melhor.
O mercado e os investidores não aceitam mais organizações que andam na contramão do que a sociedade exige, através do seu poder de compra.
Imagina a sua empresa sendo fornecedora de uma grande indústria de cosméticos e você extrai toda a matéria prima de forma predatória?!
Com certeza, o seu contrato será rompido.
Ou até mesmo, um dono de restaurante , em uma pequena cidade, que descarta todo o lixo na rua….
Em pouco tempo, deixará de ser frequentado.
Outra situação, você é uma start-up em busca de investidores e não possui todos os processos estruturados e transparentes.
Por fim, o seu PIT não será o bastante para ser investido.
Portanto, o ESG é para todo mundo.
Lembre-se sempre desta famosa frase: Satisfazer as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazer as suas próprias necessidades.
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